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06/08/2007

bem, zen, mal

Você diz a hora certa e eu vou dormir tranqüilo. A paz do meu sono independe de mim ou das doses de Dormonid. Meu sono depende de você. Exclusivamente. Não sou um ser independente no mundo. Estou plugado. Todo mundo está (às vezes finge que não sabe). Se cala. Ora, calar-se é tolinho, jeka. Um ser humano inteiro tem a coragem de entregar-se totalmente, de confiar extremamente e, com isso, dormir de verdade. Não há nada de mais em ser dupla. Não é vergonha. Eu sou teu, você é minha. Simples. Natural. Humano. Demasiadamente.

Quando você levantar de manhã cedinho com cuidado para não me despertar, não se assuste. Não vou acordar porque estou num sono profundo, induzido por amor, por uma certa tranqüilidade que só a paixão permite. Dormirei até quase a hora do almoço e teu trabalho terá se findado. Tomaremos banho e sairemos pela rua, ao sol, olhando coisas e pessoas. Tudo gira em torno de nós e os outros não sabem como dormimos e porquê.

Cante, dance, sorria. Aproveite os bons ventos das coincidências da vida que nos colocam frente a frente. Relaxe completamente. Basta me dar a mão. Vamos parar de nos reinventar e aproveitar o que há.

(retirado do Pós Sobretudo de Lona)

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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