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21/03/2007

exército

minha casa está muito suja, muito confusa. reflete minha alma. é uma estranha desordem instalada, uma desordem militarmente instalada. dessas comuns a dormitórios previamente preparados para que soldados durmam fardados, prontos a levantarem espantados no meio da madrugada. minhas madrugadas têm sido de sono entrecortado com um sargento instalado em mim mesmo a gritar sempre que eu tenho que isso e aquilo.
quando eu tinha 17 anos me alistei no exército e depois de considerado apto ao serviço militar, sentei à mesa de um capitão que se dispôs a me escutar. eu tinha longos cabelos, até os ombros. expliquei a ele que eu não queria servir, que gostaria de fazer outras coisas, que não seria um bom soldado. nunca esqueço. ele me fitou com seu olhar duro por um tempo. depois mandou rasparem a minha cabeça. depois, jurar à bandeira. depois, mandou eu assinar um papel e me mandou para casa. sem me conhecer e sem gostar de mim, aquele duro capitão, me entendeu.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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