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04/03/2007

minha mulherzinha foi almoçar fora e depois vai ao cinema com o irmão. de um lado da minha cabeça dividida, tive vontade de ir com eles... do outro lado, não. faz parte do meu show, então valeu o não ir, como de fato não fui... aí me resta essa folha em branco e os copos de cerveja... de toda forma estou bem. alguma coisa acontece no meu coração. tem as viagens dela, os encontros que me enciúmam, mas é claro que é bobeira minha, não tem nada a ver.

sou desses coraçõeszinhos neuróticos que pululam pela vida levando em si as angústias da própria essência... nesse aspecto sou bem ordinário... banal... aliás é loucura não querer ser banal porque todos somos à partir da banalidade óbvia do óvulo fecundado... tad não é judeu porque a mãe não é... o alcino diniz, já falecido e relembrado aqui com muito carinho aí pra trás, ousou ter um filho aos sessenta anos, sua última grande e memorável paixão, a maria... agora eu entendo ele.

não... realmente não vou comprar ar condicionado nem me mudar da lapa porque estou gostando de como organizei a minha vidinha.... essas questões entram nos nossos jogos de sedução, na gangorra, como ela definiu... por um momento, me procupei, mas passou. somos um rio caudaloso demais para nos afligirmos com o formato das pedras que rolam sob nós.

ela hoje usou um termo que eu uso muito: estar pleno. fico pensando se as pessoas de uma maneira geral, se tocam de estarem plenas ou não.... pode ser cabotismo, mas acho que realmente não se tocam. começo a entender como o pedreiro, morto de fome, num trem superlotado vai e volta, dia após dia sem estourar os miolos. ainda que não cerebrizando isso, ele deve ser pleno, como plena não é a pessoa de clásse média alta que chora em silêncio sob o dossel da fuga/busca de si....

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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