não sei se por causa da semana santa, mas a minha discussão no bar ontem com os meninos foi sobre as religiões ditas "escritas": o judaísmo, cristianismo e islamismo. e é claro que religião a gente não discute: ri. mas as pessoas insistem em discutir. é como futebol (embora futebol seja mais relevante). agora falar de religião meio bêbado é um loucura porque, além da religião em si, ser idiota, as opiniões embriagadas sobre elas são mais idiotas ainda.
na mesa tinha um cara defendendo os islã e levando porrada de todo mundo. eu, baseado em simples literatura (porque não conheço nada de nada nem quero conhecer), disse que algumas coisas poderiam ser feitas pra amenizar o clima de discórdia: uma, desfazer o estado do vaticano, colocar o papa no haiti e separar a religião do estado. outra, desfazer israel, espalhar os judeus pelo mundo (mais ainda, meu deus! rs) e devolver a terra aos palestinos.
éramos 6 ou 7 pessoas e começou todo mundo a falar ao mesmo tempo. formaram-se grupos, cada um defendendo suas hipóteses, todas umas contrárias às outras, todas contraditórias e tolinhas. fiquei olhando como as pessoas, caem em qualquer arapuca, vão ficando avermelhadas, com olhos esbugalhados e veias do pescoço saltando!
as horas foram passando e ninguém mais falou comigo, esqueceram de mim rs! tratavam de defender suas opiniões com unhas e dentes e mesmo quando deploravam o que eu disse, não me apontavam, esqueceram quem tinha dito o quê. fiquei assim, plácido, tomando minha bebidinha sem ser mais incomodado por ninguém. parecia uma cena de desenho animado! não sei bem se essa tática pega, mas se pegar, vou usar sempre. quando se conversa em grupo, sem preocupação de discussão temática, é tudo muito chato porque as pessoas acreditando que estão 'se divertindo' e 'jogando conversa fora', estão, na verdade, enchendo o saco um dos outros porque bem lá no fundinho todo mundo tem sempre alguma coisa mais interessante para pensar.
eu, por exemplo, estava pensando na formação do terrorista, de como ele é criado, as técnicas de que se utilizam para que ele acredite realmente naquilo que está fazendo. eu tava pensando que, de uma maneira ou de outra, seja em que sociedade for, em que religião, em que grau de conhecimento, enfim, em como, de todas as maneiras, uns influenciam outros, todo mundo dono da verdade esperando que o outro concorde com isso e aquilo. mudam os atores e as formas de interpretação, mas a raiz da história é rigorosamente a mesma.
de uma certa forma, há uma espécie de islanismo cerebral, genético em toda a humanidade e, diante disso, o melhor é não dizer nada, muito pelo contrário...rs

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