Camus X Sartre
"O niilismo, estreitamente ao movimento de uma religião desiludida, termina, assim, no terrorismo. "
Dentre outras, essa frase de Camus exemplifica motivo do rompante de Sartre e o afastamento deles.
Eu fico imaginado que apesar dos predecessores, Sartre realmente concretizou o Existencialismo (especialmente com O Ser e o Nada e A Náusea) assim como Freud deu método à Psicanálise, apesar da influência de Beuer.
Dentre outras, essa frase de Camus exemplifica motivo do rompante de Sartre e o afastamento deles.
Eu fico imaginado que apesar dos predecessores, Sartre realmente concretizou o Existencialismo (especialmente com O Ser e o Nada e A Náusea) assim como Freud deu método à Psicanálise, apesar da influência de Beuer.
Sartre foi duro, firme na condução da sua filosofia, pouco se importanto com os descaminhos de Beauvoir ou no morticínio de Stálin. O que acontecia à sua volta eram fatos, que ele suportava ou não, se anestesiava ou não, mas não saíam da linha dos fatos. Sartre era, antes de tudo, um guerreiro da Filosofia.
Camus, Nobel de Literatura, era outra história. Claro que namorou e muito o existencialismo, dizia-se niilista e como tal viveu e construiu sua obra literária. Motivado de um lado pela arte, sua vida, e por outro lado pelo contexto da vida, do seu tempo contemporâneo, fico imaginando o quanto ele deve ter sofrido. Enquanto entendeu ser o suicídio o dilema da filosofia, saiu-se bem porque tratava de matéria distante, de exercício filosófico e nada mais.
Entretanto, quando sua divagação filosófica deixou o suicídio e aproximou-se do assassinato consentido, da morte premeditada... nesse momento o filósofo capitulou diante do artista.
Mas a dualidade de artista e filósofo não deixaram de coexistir.
Era um Camus niilista de carteirinha, caminhando desesperado para um Humanismo que se impunha.
Ele precisava caminhar com sua filosofia... Em1951, ele publica O Homem Revoltado, o vigoroso livro político que defende o 'possível', o Humanismo. Foi-se a fumaça existencialista e arrefeceu de vez o niilismo: não era possível conviver com o terror de Stálin em nome do comunismo.
E, voltando ao que dizia, nesse momento, Sartre, soldado existencialista, anestesiado pelo álcool, psicotrópicos, opiáceos, o que fosse, manteve sua linha dura de conduta até o final.
Além de si mesmos, os dois tinham um compromisso filosófico e político. Caminhos diferentes.
Afastaram-se de vez.
Imagino que tenha sido mais ou menos assim.

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