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10/04/2007


Ontem, numa reunião de pauta (chata) falamos de velocidade e veio à baila a velocidade da luz, do tempo... do tempo?? sim, do tempo. Pois é.
olha, esse papo de física, de matemática e essas ciências afins me desnorteiam, prefiro Borges.
Eu sempre penso nessas coisas de tempo, de calendário, de dimensões e tal... esses papos de maluco de carteirinha, daqueles que roem rodapé. Independentemente do que já se pensou, estudou e concluiu sobre isso, eu fico pensando que a velocidade do tempo, de tão fugaz, torna-se impossível de mensurar - nem filosoficamente.
Fora possíveis tratativas desses físicos loucos e desocupados.... olho para o relógio e vejo o ponteiro dos segundos andando. esse relógio é um monitor do tempo, certo? então, quando passam dois segundos eu 'leio' que foi um TEMPO de dois segundos. a velocidade de dois segundos (não sei se foi aferida cientificamente, mas não me interessa) estará sempre incorreta. porque dois segundos não ocorrem num período de dois segundos de tempo, o relógio é uma bobagem pré-histórica, uma alegoria neurótica.

minutos, horas, dias, a vida... são esplendores pra escola de samba. são pro povo, a humanidade, assistir da passarela. eu teria que voltar mais atrás e dizer, como já expliquei, que a vida não existe como tal, a vida é um desfile, passa sob nossos olhares espantados e nós sim, estamos estáticos na arquibancada não sei de onde. as pessoas dizem: nós vivemos a vida... errado: a vida nos vive.

É tolinho, jekinha, não perceber. a nossa finitude deveria provar o contrário do que imaginamos. como somos finitos, temos prazo de validade, estamos estáticos, prisioneiros não do tempo, mas sim da condição de "ser". dizer que nascemos, crescemos, envelhecemos (ou não) e morremos é contatar um óbvio ordinário. o nosso processo de degenaração carnal é um detalhe menor se observarmos que a vida... sim, ela tem seu "tempo", ela desfila com todas as suas alas, ela tem um "tempo cronometrado". como?? mas exatamente por isso: porque a vida, tal como nós, não existe assim. ela é um conceito auto-centrista de quem passa a 'vida' em frente a um espelho.
caminhar, viajar, casar, ter filhos, ganhar dinheiro, conversar... todas essas são coisas que recebemos da vida, que ela proporciona em sua passagem. se desconsiderarmos a psicologia (que não é nada) e determinados conceitos neurológicos (também duvidosos - o que é o certo?), poderíamos passar a vida inteira, 95 anos, sentados em uma poltrona em frente a um espelho. a vida apenas seria aquele reflexo de nós mesmos. seria menos vida? seria maior, menor, diferente? diferente do quê?

provavelmente num futuro (?) não muito distante, teremos estações espaciais onde homens passarão anos (já passam meses!). e para esses homens, trancafiados numa cabine (da mesma forma que o homem sentado em frente à um espelho), da mesma forma, qual a velocidade do tempo para eles? fora a alegoria dos mostradores digitais pós-modernos, ele observa indefinidamente por uma escotilha o planeta terra. a vida está nele, observador, ou nessa terra observada? o desfile da vida dele é monocórdico (olhando aquele planeta no espaço) ou não é vida? ou a vida é apenas a dele e não a da Terra, sendo essa apenas uma suposição do que está lá? igual, dirão em coro, os boçais.
mas espera aí: já está provado que o tempo passado no espaço difere do tempo vivido na terra. portanto, o tempo é questionável. nesse caso poderíamos dizer que a velocidade desses tempos é diferente. se o tempo, senhor da razão, tem velocidades diferentes, ele perde imediatamente o seu conceito de tempo de onde poderíamos facilmente concluir que tempo não existe e sim velocidade. aí, se velocidade é o parâmetro, por que usamos relógios ao invés de velocímetros. Já sei: porque o velocímetro mede a velocidade em relação ao tempo. mas, ora, se o tempo como tal, não existe, se ele é conceitual, então para quê o velocímetro? e para quê pensar velocidade?
claro que virão aquelas carradas de historiadores, antropólogos, matemáticos, físicos, geólogos, arqueólogos e não sei mais quem explicar, explicar, explicar. Claro, pra tudo se arranja explicação. A explicação é a justificativa para a vagabundagem intelectal.

Muito menos, eu estou aqui dizendo uma verdade (verdade?). queria apenas pensar (não fórmulas de física!), mas pensar como deve ser, pensamento normal, simples, sem academia (academia?). Existem as equações e as fórmulas (outras alegorias, atenção!) e podem me provar isso ou aquilo diante das (SUAS) descobertas!. Provar a esse Eu aqui na terra, esse eu que não concebo a existência sem o amparo de um deus, esse eu que penso em universo curvo, em buracos negros, que não sei a cura do câncer, que promovo guerras, etc. Esse eu que anda de reloginho no pulso pra não chegar atrasado no trabalho... esse eu tolo? Que medíocre!

Ia continuar, mas cansei: se o tempo é questionável, a velocidade também é e, portanto, a vida também é. Pense nisso quem quiser.

Um comentário:

Anônimo disse...

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

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