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19/08/2007

Mulheres são menos cognitivas?

Verdade que eu sou invocado, mas tenho a impressão que a vida gosta de me provocar, as pessoas gostam de me provocar. Ou então pessoas são mesmo provocativas, é um estado natural de serem pessoas. Não sei, pode ser. Só sei que preciso de experiências novas, preciso atacar outros lados meus que estão meio abandonados (por mim mesmo). Me pergunto se eu deixo esses lados assim, sem serem provocados por algum tipo de defesa, mas aí entra naqueles psicologismos baratos que eu detesto. Sempre um imitador barato, eu. Estou escrevendo um capítulo a mais para um livro que estou lendo. Por que? Porque Borges fazia isso. E sou macaca de auditório. Zé mané. Sou neguinha. Usava guias azuis e brancas porque o Caetano usava, mesmo eu sendo ateu. Mas o Caetano também não tem essa religiosidade toda que parece não. Ele é muito blasfemo.

E quando começo a escrever em muitos lugares e a ler muitas coisas acontece o previsto: faço muito pouco de cada coisa. No momento interesso-me apenas por relações interpessoais mesmo que sejam à distância. Têm que ser. No momento, sim. Já andei me explicando para uma meia dúzia de pessoas e o resultado foi catastrófico: ninguém entendeu bulhufas. Agora não perco mais tempo tentando explicar nada. Sacou, sacou, não sacou, sacasse. Verdade que, à médio prazo, quem perde sou eu. Mas essa história de que as perdas são todas minhas também não me convence inteiramente. Acho que quem não me saca perde muito. Verdade, acho mesmo, não sou nem um pouco modesto. Me acho muito interessante (e se ninguém achar, o que posso fazer? Nada).

Não sei bem porquê mas as relações e os desentendimentos são muito maiores com mulheres do que com homens. Fico me perguntando se mulheres tem uma cognição menor que o homem. Será possível uma coisa dessas? Acho que não, deve ser coincidência. Seria lamentável se eu tivesse que separar assuntos para meninas de assuntos para meninos rs. Acredito mais que as mulheres fiquem meio de pé atrás com os homens, mais ou menos como se ambos não fossem confiáveis e blá. Uma tolice inenarrável porque não vivemos uns sem os outros. Mas que rola uma coisa meio assim, rola. Mulheres se previnem como se fossem mais frágeis, como se fossem vítimas em potencial e, com isso, tornam-se mais agressoras. Pena, mas é assim. Pelo menos com todas as mulheres que eu conheço. (Talvez eu devesse então tratar de conhecer mais mulheres….ou menos, dependendo do ponto de vista). Não farei nem uma coisa nem outra.

São coisas ancestrais que nós apenas reproduzimos hoje em dia, nada de novo, nada de criativo, nada pra gente dizer: OH! Tem uma mulher que escreve um blog que eu gosto muito, freqüento assiduamente, mas fiquei desbundado quando ela apoiou o depoimento do Lula dizendo que brasileiro, que a elita brasileira, gosta de bolsa doutorado contra o Bolsa Família. Ela apoiou! Quase escrevi pra ela, fiquei indignado! Mas pra quê escrever? Faço isso aqui, porque aqui é minha tribuna e muitos comentários são inúteis e levam mais falta de percepção do que desejamos expressar do que outra coisa.

Gostaria hoje de ir ao cinema, assistir qualquer coisa, mas não consigo. Domingos são dias-não. Está sol, mas corre um vento frio, desagradável. É como se São Paulo fosse aqui. Respondo os poucos e.mails (mesmo os que comentam bobagens), leio o jornal desinteressante que alerta para a violência urbana e como um miojo para não perder o hábito de homem sozinho e espartano. Sou espartano no comer e no vestir. Minha cabeça fervilha e corro pro meu caderninho aqui ao lado e inundo suas páginas manuscritas com tudo que considero impublicável aqui. Aliás, isso é uma coisa muito doida: aqui é um espaço meu, pago com meu dinheiro, mas tenho auto-censura por conta dos patrulheiros. Leitores de blogs são patrulheiros essencialmente, esperam a gente abrir a boca pra discordarem. Comigo também é assim. Discordo do que todo mundo diz.

Domingo é chato porque as pessoas ficam perdidas, não sabem o que fazer, não sabem o que dizer, não entendem o que é esse hiato na semana. Têm medo de afirmar que anseiam pela segunda feira e, muitas vezes, são obrigados a fazer um sexo por obrigação, daqueles bem sem sal.

(retirado do Pós Sobretudo de Lona)

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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