!

e-mail

http://sobretudodelona.wordpress.com

online

13/08/2007

Nossos acordos

Com quem fazemos acordos, afinal? Fazemos acordos? Sim, fazemos. Principalmente conosco, principalmente de uma forma não clara, objetiva, mas escorregadia, sem firmeza, sem mostrar o jogo. Todos os nossos acordos são assim porque a vida ideal, plena, vivenciada em cada um dos nossos dias não permite uma certa liberdade, não permite alternativas ao que é, ao que desejamos. O acordo é um passo atrás, uma jogada de sobrevivência, meio de escapulir ao embate entre nós e o mundo e nós e nós mesmos. Não existe acordo perfeito e por isso chamamos de acordo. Contrato onde ambas as partes cedem. Um pouco ou muito. Nos acordos que fazemos conosco, cedemos muito, muito mais do que desejamos e do que estamos preparados para ceder. Tem gente que acha o máximo essa história de ser cordatos e ter mil "contratos" em várias áreas, vários "compartimentos" da vida. Eu acho um lixo. Aliás, já acho um lixo ter a vida compartimentada (exigência social em prol do bem da humanidade). Ao compartimentar uma coisa, estamos quebrando a unidade, dividindo o todo, abrindo mão de uma plenitude que só alcançamos nesse mesmo todo. O que temos então são metas a serem cumpridas, mas cada uma delas vem com seus acordos a serem respeitados. Não somos inteiros e, de certa forma, a integridade de cada um também sai afetada porque a vida não levará isso em consideração e, principalmente, o tempo não será mais ameno, menos rigoroso. Não! Todos esses tratos, me parece, fazemos mais por medo, por falta de impulso em ir às últimas conseqüências do que pela tal linearidade social. Quando olhamos mais criticamente podemos perceber que vivemos uma grande mentira.

Nenhum comentário:

Marcadores

Atenção

Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

Arquivo do blog