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15/09/2008

nossa utopia

chove. nuvens pesadas num céu completamente cinza, um cinza muito feio. deprimente. termino de reler "a insustentável leveza" porque repito essa leitura sempre. outros livros me aguardam, virgens. não tenho vontade nem cabeça para ler nada. busco solução, busco uma opção, uma forma de escapulir de tudo como se fosse possível, como se tivesse o direito. hoje é meu futuro. amanhã será unicamente queda. essa queda aguarda-se da mesma maneira com um dia pensamos em subir. não temos sempre a consciência que os movimentos são iguais: para cima ou para baixo, para um lado ou para o outro. tudo igual. minha nave louca se embrenha entre nuvens e o vento forte me faz chorar. choramos lágrimas que não temos, corremos atrás de possibilidades que não existem, que são brincadeira de criança, sonhos infantis. queremos, no fundo, continuar infantis por todo o tempo. precisamos nos afastar de toda a dureza da vida adulta, de todas a conseqüência. essas conseqüência não vêm à partir de algo que fizemos, ao contrário, somos tragados exatamente pelo que não fizemos. a não ação tem o mesmo peso do excesso de ação, preciso dizer isso, gritar isso o tempo todo porque quase não me escuto mais, porque o desejo é um lenda (e portanto, utopia) que não entendemos bem. num mundo de perdas, resta somente, perder-nos para nós mesmos.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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