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19/02/2007

como era de prever, acordo no meio da noite. levanto e tomo duas latas de cerveja, uma atrás da outra para saciar a minha sede. sento um pouco na sala, no escuro e vou relaxando. helena chega ao umbral da porta, vestida só de camiseta e pergunta o que aconteceu. vai ela também à geladeira buscar uma lata de cerveja e senta ao meu lado.
não tenho que falar e ela respeita o silêncio deitando sua cabeça em meu ombro. passamos alguns minutos assim.

acendo o abajur de luz fraca e vejo seu corpo ainda com muita purpurina que o primeiro banho não tirou. meu corpo também tem purpurina, sinal de que me abraçou enquanto eu dormia. nos beijamos assim, por nada, por vontade, instinto. ela acaricia minha barba, beija meus olhos. mais nada. continuamos em silêncio à meia luz

helena acaricia meus pés e minhas pernas com o seu próprio pé. o atrito generoso das peles causa bem estar, paz. me conta, aos poucos, de forma entrecortada, como foi o desfile, como eram as pessoas. ouço em silêncio, acendo um cigarro - que ela não gosta - e sinto prazer por sua felicidade. por um momento imagino a solidão da humanidade e penso que sou um privilegiado.
por quanto tempo? nossos analistas - meu e dela - dizem que a vida não dá garantias. triste conclusão

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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