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27/02/2007

faz parte do nosso jogo tratá-la como uma mulherzinha que é o que ela é. Dá muito prazer ter essa mulherzinha sempre ali, pronta. e assim acabaria o pensamento não fosse eu quem eu sou. ser mulherzinha, para mim, não possui o tom depreciativo e/ou subjugado do fonema, mas, antes, uma coisa enorme que é o ter como. num raciocínio atravessado, oblíquo, o que tenho é a certeza da sua presença não física, mas jamais no terreno da fantasia, como é de praxe. não existe nenhuma fantasia em mim. ela é o que é.... - está ao meu lado quando durmo, escovo os dentes e leio os jornais - de uma maneira profunda como navalha na carne, maneira que não há na etimologia palavra para descrever.

é dela que vem um profundo bem estar, desses que nos completam e fazem sorrir do nada. me reconheço numa outra perspectiva ainda que metafísica [ou platônica, se preferirem], mas que, independentemente do rótulo, está ligada ao coração e ao cérebro. ela me diz que é uma relação muito louca e, óbviamente reivindica, o que é mais do que natural e eu refugo não por qualquer motivo normal, mas por uma incerteza malsã que trago em mim. O que ela proporciona é a sensação de não estar mais sozinho, de possuí-la de verdade, para além das máscaras sociais, das pantomimas das relações nos jogos de sedução. e não deixamos de tê-los, ao contrário: é um processo de sedução [mas íntimo] nas 24 horas de cada dia.

não sei dela, mas em mim ultrapassou o recorte do monitor [há muito tempo] e vive aqui, presença absoluta em cada um dos meus movimentos: no tomar café da manhã, pensar sobre isso ou aquilo, folhear este ou outro livro, projetos de futuro e tudo o mais. seu cheiro nunca experimentado, está de tal forma entranhado em mim que deixou de ser propriamente um cheiro para transformar-se numa fragrância agradável que me permeia a vida. meu cérebro por outro lado, muito mais alvoroçado me joga em cima do teclado onde canto as canções de amor incessantemente não para ser consumido pelos raros leitores que pululam, mas, antes, para ela, como numa carta de mil páginas [renováveis] onde possa ler, perceber entrelinhas, conhecer e comungar sentimentos... como se escrevendo eu estivesse entrando em seus pensamentos e colocando ali parte de mim. a a forma de me entregar porque tenho, como disse, essa insustentável leveza do ser.

Um comentário:

Ane disse...

;)*

Tá produzindo muito, menino! E eu só passo correndo por aqui. Mas acho legal este teu pique.

Beijo!

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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