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22/02/2007

o sono continua rarefeito apesar dos barbitúricos. mas não é um dormir desagradável, ao contrário, é a sensação gostosa de colocar a mão no corpo ao meu lado. só esse contato, me faz virar e dormir novamente. o sentimento de posse é ordináriamente classificado como um defeito, como vontade de um controlar o outro. não é isso.

o sentimento de posse é, antes, um processo de entrega comum aos dois que não regem a vida do outro, mas sabem dela, aa existência, do afeto, da possibilidade de.
fico pensando que o mundo não é exatamente o que é e sim algo maior, que vai além da expectativa que nos surpreende ao virar a esquina. O mundo, tal como deve ser, completa-se com a posse que não significa a certeza nem a facilidade e sim, a possibilidade de.

tem então esse engano, pueril, tolinho, de alardear que "não se deve ter posse nem almejá-la" ... é a prova retumbante do primarismo intelectual de quem diz.
ao fencundar, por exemplo, temos a possibilidade de... viver.
e tomamos posse da vida. depois, inescapével vem a possibilidade de... morrer. portanto, repito, vivemos de posses, nomeando-a assim ou não. a posse é a possibilidade de.

sim, eu quero mais do que tudo possuí-la. saber que é minha. e o mesmo pode acontecer com ela em relação a mim independentemente do bairro, cidade ou país onde estivermos temporáriamente. a conquista dessa posse se dá quando os dois, de mãos dadas, saltam no escuro e profundo poço do sentimento. do contrário, é deixar a vida passar...

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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