Geraldo Iglesias*

Ontem, lá pelas tantas, estava aqui lendo um livro na santa paz quando o telefone toca. Era uma pessoa da equipe, um jornalista. Olha, começou, não gostei. A luz estava horrível, alguns enquadramentos também e o roteiro péssimo.
Aquilo me pareceu tão estranho que eu fiquei processando uns segundos, revendo se eu não estava embriagado ou tendo uma alucinação. Não era. Tudo verdade.
Agora vejam vocês o que um homem tem que ouvir no fim davida.... era aquilo que eu dizia... coisas desse ofício, coisas que vão além do entendimento normal de um processo qualquer... eu dizia que a obra, quando entregue ao público tem também a função de educar.... mas isso é para os mais jovens (de espírito) ainda têm a mente aberta. Existe um grupo que não conviveu em seus primeiros anos com a estética e depois, vendo muito filme americano, concebeu um processo todo seu do que é certo e o que é errado. Essas são as piores pessoas que assistem a tua obra porque se acham e não são nada... são uns jekinhas boçais com fumaças de artistas.
Enfim, foi só um comentário para ilustrar bem o que eu dizia antes, da minha angústia e essa coisa toda. No mais, muita correspondência dizendo que amou, algumas pessoas com justa razão, mais críticas, e assim vai.