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28/02/2007

voltou aquela história de eu não conseguir ler. de vez em quando essa parada volta: eu tento, mas não consigo ler nenhuma página de livro algum. quando chego no final da página já esqueci completamente o que estava no começo. mas tá tudo bem, isso é fase e passa.

acordei estranhamente cansado, com um sono anormal e quase nem consigo ler o jornal. tomei o meu bule diário de café imaginando que a essa hora ela estava dormindo, quieta. não, ela me diz que não dorme quieta. enfim, que estaria dormindo. escrevi então uma relação que ela teve comigo noite passada.

fiz uma pequena descrição, contando o ela fez, onde tocou, como conduziu. uma coisa simples, dessas que ela faz de vez em quando, banal. é preciso compreender exatamente o que se diz por banal em oposição a simples, que é outra coisa. é banal porque acontece assim, sem mais nem porquê, acontece quase involuntariamente, como a respiração. ela é assim.

eu sou diferente, complico, temo, sinto timidez, tenho crise de pânico e demais neuroses que se possam cadastrar. mas é um paradoxo porque toda essa minha reação vem acompanhada da intimidade profunda, dessas que não se conquistam às vezes em anos de convivência.

pera aí....tô enrolando a história toda, não é nada disso. a verdade é outra, outro papo. porque eu tenho todos os medos em mim, mas, ao mesmo tempo, tenho a posse: eu a possuo completamente. isso, simples assim. e como eu a possuo irrestritamente, ela desconsidera minhas fobias e se apossa do meu corpo que a possui (calma! rs... é isso mesmo: ela me possui porque a possuo), como quem, ao fim de um dia torturante, calça um chinelo confortável, gostoso, que antes, acaricia o seu pé.

brincando, ela pergunta se é assim que eu quero, como se por acaso, isso importasse, como se ela não fizesse sempre do seu modo, conduzindo tudo, mandando. quando ela se deu, se entregou completamente, quando eu disse que a possuía, na verdade era uma manobra de ponta cabeça, metafísica, experiência impalpável do reflexo da razão.

Um comentário:

Anônimo disse...

nao sou eu que faço. é vc quem tem dito como deve ser...

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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