e as milícias?
no sul, um homem seqüestrou uma menina de um ano e meses, estuprou, matou e jogou na pia batismal de uma igreja (ou a menina morreu pouco depois). e agora? o que se faz com um homem desses? 30 anos de prisão? ele não vai pegar. Se pegasse, sairia com 5... é um impasse, uma armadilha do judiciário. E se fosse com o meu filho?
talvez a prisão perpétua ou a pena de morte amenizassem e dor da família, talvez não. é como a história do garotinho arrastado pelas ruas até a morte, sofrimento muito maior do que contam da babela da crucifixação de cristo.
dia desses estava assistindo à reprise de capote na tv e vi a execução dos dois homens na forca. pareceu razoável para quem atirou friamente matando uma família inteira.
mas essa criança no sul, não sai da minha cabeça. sinceramente, só vejo na tortura a redenção para os pais dela. como o menino arrastado. sinceramente, como geisel, acredito na necessidade eventual da aplicação da tortura. não por estar de cabeça quente, mas porque acredito mesmo, racionalizando bem.
a forma com que presos matam uns aos outros, usando aqueles estoques jekas são apenas objeto de eliminação, de morte, mas não fazem a justiça efeitivamente. a justiça para quem é brutalmente torturado só pode ser plena com a utilização da mesma tortura. e aí eu fico pensando nessas milícias... ora, eles já caíram na ilegalidade mesmo e contam com a repulsa da sociedade bovina que vai atrás dos pensadores, formadores de opinião, essa raça idiota e cúmplice da continuidade e impunidade dos seus monstros.
imagino que a internet seja o território livre para que essas questões sejam levantadas, fértil para essas discussões politicamente incorretas ganhem corpo e talvez vida própria de maneira coerentemente acentuada levando um pouco de alento e justiça a esses territórios e pessoas que transitam entre o bem e o mal. então, fico pensando em como as milícias poderiam ser sensibilizadas, mas é apenas um passo para uma discussão maior.
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