o recomeço
porque é assim. é como uma corrida de cem metros rasos. você agüenta ou não, tem fôlego ou não. se não tem, abra espaço para quem tem e vá fazer outra coisa, vai ser balconista de botequim. eu sou muito mais um balconista de botequim do que um atleta. sou assim. não muda nem mudará. não adianta tentar retirar uma corcunda que me nasceu aqui. ela é um fato. repugnante a uns, inaceitável a outros, incompreensível a terceiros. do ponto de vista do outro, aceito tudo. mas o fato é que me nasceu uma corcunda, dessas que os cirurgiões dizem que não são extirpáveis (ou não facilmente). talvez houvesse uma chance se eu colaborasse com uma espécie de fisioterapia mental. ok., entendi mas decidi, definitivamente, que não quero fazer. não é uma atitude doidivanas, impensada. não: é pensada, repensada, elaborada e analisada: eu não quero! pronto. finito! quem se habilitar a conviver com minha corcunda, ótimo. quem não estiver à fim, eu entendo, compreendo, aceito, respeito e admiro. como bom amigo sugiro que busque um não corcunda, o que não é difícil, convenhamos.

Nenhum comentário:
Postar um comentário