recebo uma carta muito carinhosa de uma menina de são paulo. diz que vem por aqui de vez em quando. diz que gosta e concorda com algumas coisas. respondo o e.mail e logo ela me responde novamente. parece que iniciamos uma troca de correspondência regular. essa troca, por carta e não na velocidade do msn pode permitir, acredito, dizer algumas coisas com mais atenção, mais vagar.
sempre me lembro da história do paulo francis que, bêbado e enlouquecido de ódio, escreveu uma crítica terrível contra uma peça da sua amiga tonia carrero. claro que a amizade terminou e o paulo sempre explicava que ele não queria ter dito bem aquilo, que um editor mais sensível, guardaria aquela crítica por 24 horas e voltaria a perguntar-lhe se era realmente para publicar. evidente que ele iria rir e rasgar a tal crítica.
então, imagino que pessoalmente, por telefone e mesmo por msn, muitas vezes a gente diga coisas que nos vêm assim, aos borbotões e que não são realmente aquilo que pensamos bem lá no fundo. a troca de cartas talvez minimize um pouco alguns equívocos que possamos cometer.
basta ver na literatura francesa, em C. de L., o exemplo mais cabal, ainda que lá a troca de correspondência seja usada exatamente para consumar o mal.
16/03/2007
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Atenção
- G
- Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?
Em suma...
"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre
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