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23/03/2007

Sobre B.

conhecer B. foi a coisa mais importante que me aconteceu nos últimos anos. que eu sou um amador, não é segredo para ninguém, o que não quer dizer que eu esteja sempre pronto ao amor ou que permita uma aproximação fácil de mim. muito pelo contrário. as belezas e possibilidades ordinárias realmente não afetam nem estimulam a buscar nas mulheres um porto seguro porque não acredito nessa teoria e prefiro sempre o porto inseguro de mim mesmo. e muito menos, longe disso, B. é um porto seguro.
com ela a coisa é muito diferente, passa por caminhos e sensações outras, com certeza, difíceis de descrever. não, ela tem exatamente coisas que talvez (ou não) passem desapercebidas aos desavisados que é a possibilidade de ser uma mulher inteira.

por mulher inteira (para mim, evidentemente) entendo a possibilidade de uma mulher ser o resultado, ao lado de uma certa erudição, de uma generosa quantidade de experiências, de marcas, vivências, alegrias e frustrações colhidas (e plantadas) ao longo de uma vida intensa. e ter uma vida intensa também não é um fator que me chame demais a atenção, mas, antes a condição de SER, à priori, uma pessoa intensa.
encontrei em B., além de uma série de qualidades e outros tantos defeitos, uma mulher que é, sempre foi intensa. que, ainda que não tenha realizado sempre a conquista da plenitude, É uma mulher extremamente plena.

conheço B. há pouquíssimo tempo, nos vimos muito rapidamente, apenas por três vezes, mas ela, dignamente, foi tomando o meu coração de uma forma arrebatadora ao mesmo tempo em que, por afeto, foi tornando-se parte constante do meu espírito sendo ainda a pessoa pronta ao embate intelectual que travo diariamente comigo mesmo e com o mundo. B. me percebeu com o carinho que só os grandes amadores são capazes de perceber e tornou-se parte de mim como quem encontrada a morada ideal.

vejo em suas dúvidas, inseguranças, questionamentos, crises e buscas por algo maior... não apenas o que cada uma dessas coisas representam, mas a possibilidade de ser uma Mulher. por caminhos tortuosos ou não, como venho deixando pistas aqui e ali, ingenuamente confundido com irascível, tornei-me um ser que não se contenta mais com pessoas que tragam em si partes (ainda que atraentes de várias formas), partes de um todo que não está, longe disso, no corpo perfeito, na sexualidade exacerbada, na inteligência e cultura, na capacidade de sedução ou no amparo (buscado por todos) ou ainda na companhia perfeita. nada disso, isoladamente ou em grupos, me atrai. realmente nada.

ou melhor: nada, por si, me atrai. o que podemos chamar ordinariamente de capacidade de atrair, está exatamente num ponto além, na maioria das vezes invisível ao olhar descuidado... está na capacidade de ser tudo isso e muito mais exatamente por uma maneira de ser que muitas vezes pode parecer simples, coditiana. é isso o que me apaixona por B: o fato dela SER. o conjunto das várias quastões que se constituem em vida, assumidos e compreendidos por uma pessoa. isso a diferencia das outras, torna-a única aos meus olhos: o desejo incontestável de uma mulher PLENA desejar receber porque nesse discreto desejar receber, está contida a verdadeira essência camuflada do TODO: a possibilidade, a capacidade, o desejo, a tranqüilidade ampla de DAR-SE.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

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"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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