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03/04/2007


meia noite e cinqüenta e cinco minutos é a hora decicisiva para avaliar a turma da lista que discute, eventualmente, alguma coisa. a internet, como tudo o mais, reflete o trajeto humano dividindo-o em tribos: é um jogo roubado, onde você desmascara o que é verdade e o que é blefe. verdade, são os que estão on line porque aqui é o espaço deles, independentemente de horários. blefes são os que ficam aqui até as cinco da manhã desde que tenham te colocado na mesa cedo e têm certeza que, ao fim de tudo, ganharão pelo menos, aquilo que investiram. muito engraçado. tenho um certo desprezo pelos que jogam blefando.


nada disso interessa de verdade. é uma opinião, uma observação fugaz, apenas para que não se pense que a gente é bobo, que a gente tá dormindo, que a gente não tem um olho sempre aberto. no mais, foda-se, cada um siga lá o seu caminho. já teve um tempo em que eu ficava meio grilado com essas coisas, meio sem saber como agir ao perceber esses movimentos furtivos, como de cobras ou aranhas terceiro-mundistas. enfim...


o que interessa de verdade é a opinião de uma menina que senta, séria, à minha frente e, caderno universitário de encontro ao seio, e entre canecas de cerveja, discute com semblante preocupado, os descaminhos da república. essa pessoa de quem eu poderia ser avô não é maculada por exeperiências dolorosas de passados, nem tem ainda o domínio do passado histórico, não tem títulos, mas, antes, a meu ver, faz história. porque se olharmos com um pouco mais de atenção, se nos desobrigarmos de um retórica padrão, perceberemos nas pessoas jovens, que estão vivenciando esses momentos, agentes ativos da história. achar que só o passado pode criar cátedra ou ainda que só no estudo de bolorentos papéis amarelecidos pode-se perceber, pelo que foi, o que virá é, no mínimo, tolo, tosco, minimalista.


pois eu acho que a história se percebe muito mais na convivência freqüente com os jovens, com o desconhecimento dos estudantes que nasceram na sociedade em rede e não têm culpa por isso. ao contrário: além do frescor da pele (tão odiada secretamente) têm a tranqüilidade de viverem a vida tal como ela se lhes apresenta. pois eu preciso pensar numa história viva, em movimento, feita por toda a garotada que se agita dentro dos seus possíveis.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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