sempre os jovens
Nessa história (da prisão, por inconstitucional) de desautorizar os comandantes militares e sair em defesa de controladores de vôo trotskistas, Lula tornou-se refém não da sociedade, porque, por teceiro mundista, não há por aqui sociedade no sentido pleno da palavra. O que existe no brasil, com um b infinitamente minúsculo é a ascensão de um grupo revolucionário, deslocado em quarenta anos na história, que não viu a vida passar.
pois a vida passou, passaram quarenta anos e o mundo inteiro mudou (incluse e pricipalmente a Rússia, ex união soviética).
Lula é o stédile que deu certo, o stédile com poder e, ainda que deslocado na história, faz parceria com morales e chavez, como marionetes de uma soviete que desabou há muitos anos. lula lembra o personagem de um livro/filme que, abandonado numa ilha deserta por anos, clama por seus ideais nacionalistas de uma guerra mundial que terminou faz muito tempo. o personagem, japonês, é uma pantomima, não, uma sombra fráfil do que não é mais. o personagem, exatamente por ser personagem, é risível e trágico. mas o filme acaba e voltamos à realidade. no cine-brasil, o tempo de projeção é de, no mínimo (se não houver golpe), de oito anos.
o que me acalenta é exatamente a juventude. esses meninos e meninas saudáveis, com pele fresca, com cabeças tranqüilas, ainda que tomadas de zeros e uns, mas que vão aos shoppings, que consomem e são consumidos. que falam bobagens do ponto de vista acadêmico, mas revolucionam tanto como janes joplin jimy hendrix e leila diniz, ainda que às avessas. que desprezam um pouco as drogas e as revoluções formais, criando uma nova ordem, uma moderna revolução que é exatamente por não poder ser coisificada assim, mas na busca dos valores que a geração anterior, se achando de vanguarda, andou para trás.

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