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12/06/2007

Queda

Certo. Falseio mais uma vez e vou de encontro ao nada já que esqueceram (mais uma vez!) as redes protetoras. Caio em câmera lenta como rezam os bons filmes (e os maus também - essas cenas são sempre iguais). Venho caindo lentamente, no início buscando débil algum ponto onde me segurar, algo que me impeça a queda e por fim meu corpo se entrega como num sacrifício pagão. Percebo a lona colorida do teto - que esteve tão próximo a mim nos últimos segundos - e constato que essa lona se afasta, como se ela estivesse caindo para cima, afastando-se do meu corpo e indo espatifar-se na lua talvez.
Na queda, junto com parte da minha alma e do meu amor ferido, perdi também o nariz de borracha vermelha que sempre faz tanto sucesso junto às moçoilas que sentam na arquibancada ali, muito próximas ao picadeiro.
E já que ele é individual, agarro-me ao instante, no átimo de racionalismo e vida, de coração pulsando em desassossego jamais pela expectativa do final da queda, mas pela posssibilidade de não estar acontecendo assim, exatamente daquela maneira, a possibilidade de aluinação (embora não saiba se a queda seria a alucinação ou chamar a queda de alucinação é que seria esta sim, alucinação). Se fosse horário de espetáculo, pelo menos o público saberia a resposta.

Um comentário:

Flávia disse...

Muito bons, post e blog.

Outras visitas virão...

Abraços!

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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