As eternas partidas ou impressões sobre
Não comento as coisas aqui à toa. Tudo deve ter um sentido na vida. Não um sentindo 'pré-disposto', mas um sentido que nós mesmos, coerentemente buscamos dar à tudo. Existe toda uma psicologia ou um "psicologismo" que justifica plenamente essa vontade de se espraiar, de se fazer presente em outros sítios porque muitas vezes um lugar só não basta. Se temos muito a dizer, acabamos não dizendo nada, porque falamos e falamos mais e escrevemos e escrevemos mais e o blog vai rolando e termina que as pessoas não têm tempo de ler o que estava ali porque já está lá embaixo e assim vai. Eu escrevo com o desespero dos desenganados, com a pressa de quem chegou perto de uma caneta pela última vez, a ansiedade de quem precisa dizer tudo porque a amada já está com um pé no estribo do trem e ele apita, apita e apita. É exata essa impressão: há um trem ameaçador, soltando fumaça por todo lado, um trem que ameaça partir, uma trem que não quero deixar partir.
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