falar a ti
preciso muito de falar. preciso que me escutes com atenção e faças cafuné na minha cabeça já quase totalmente perdida. preciso de um pouco mais da tua atenção, da tua ajuda, da força que trazes em ti, essa coisa gigante, essa coisa que me acalma, me faz dormir um mínimo necessário. preciso dormir de alguma maneira ou começarei a raciocinar de maneira ainda mais rarefeita, ainda mais pueril. o mundo não me aceita mais desde que tudo aconteceu, desde que esse processo se iniciou há muito tempo atrás e devo ter errado nos tratamentos ou atitudes que deveria ter tomado. em algum momento tudo se perdeu, não existe dúvida e tenho uma idéia muito aproximada de quando deve ter sido, mas não tenho certeza (nem jamais terei). resta caminhar e pedir que esse caminhar seja lento, seja pouco aguardado, que não se guardem expectativas de mim. nada. que se perceba tão somente que estou aqui, que estou seguindo - ainda que amparado em meus desequilíbrios, ainda que claudicante, ridiculamente claudicante.
2 comentários:
falar a quantos?
Seus termos são tão confessionais que chegam a me inibir...Mas o blog é aberto, portanto... dirigi-se tambem a mim, até mesmo a mim. Se fosse um livro, com certeza mesmo neste tom, seria ficcional, mesmo quando assumidamente autobiogáfico. Trata-se de outro modo de interação. Mas nesta midia, qualquer escrito exige interação.
E eu sempre me penso desrespeitosa ao invadir...Ao escutar...
Fico imaginando...para que ponto do passado seu olhos te remeteram...sua asudade é profunda.
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