!

e-mail

http://sobretudodelona.wordpress.com

online

21/02/2007

em que momento a gente perde o eixo? de que forma? perguntas, perguntas e mais perguntas...uma interrogação sobre duas perninhas. quero saber o trajeto, quero voltar a 68 e estar perdido nas estradas pedindo carona a cabeludos de todas as tribos, que a posição do feto (que aplaca a ansiedade), quero o amanhã antes dele chegar. quero a chuva e a lama que espirra das sarjetas, das cantadas dos pneus embriagados que sobem ao meio fio sem dó nem piedade.

as corridas de motocicleta na curva do calombo - quando o joelho encostava no asfalto - o risco e a empolgação de quem fazia e quem assistia. o primeiro baseado que faz o raciocínio se compartilhar e rodar quadro a quadro, a possibilidade da navalha na carne, do movimento na frança, do AI 5 e todo a lama, da lama, da lama.

nada disso passou em mim. o que deve ter acontecido é uma revolução mental onde hoje não se consegue juntar mais os cacos. um dominós espalhado fora da caixa, uma cartola de mágico sem fundo falso, um grande irmão que ficou cego, revolução dos bichos que não aconteceu... o mundo, em resumo, parou. por momentos não entendi porque.

ela chegou quieta e desapercebida e esperou que a rua deserta ficasse ainda mais para abrir o seu sobretudo e mostrar a quantidade de armas e munições que portava. olhei, como quem olha a uma menina de dois anos. coloco-a no colo, então, para protegê-la, antes, de si mesma, depois do mundo e de mim.

Nenhum comentário:

Marcadores

Atenção

Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

Arquivo do blog