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18/03/2007

ainda as encruzilhadas




por mais que eu escreva sobre as encruzilhadas da vida, mais elas se apresentam, mais amiúde e menos percebidas vão sendo pelas (poucas) pessoas ao meu redor. eis um fragmento de mensagem que acabo de receber:
"vc. por mais q aposte no amor, não consegue investir na sua duração (do amor)"
ou seja, as armadilhas que se colocam, elas não se bastam como encruzilhadas, arapucas e armadilhas. não. elas se traduzem ainda como um processo auto-imposto, uma necessidade suícida das pessoas (eu no caso).

um dia aí atrás eu tava escrevendo que as armadilhas se colocam através do nosso caminho sob várias formas. a mais comum é a das encruzilhadas, quando os caminhos se bifurcam em caminhos aparentemente iguais e somos instados a escolher esse ou aquele... fazemos isso sabendo que é um jogo do destino, que podemos estar colocando a cabeça à forca, mas, pelo nosso próprio caminhar, chegamos ao destino das bifurcações.

não sei se acontece com todas as pessoas ou mais com umas do que com outras. às vezes olho para a vida de alguém e fico com uma profunda inveja em perceber como aquela vida vai seguindo, caminhando passo após passo resolutamente a um destino pre-determinado e que, apesar de dificuldades exporádicas, não se afasta da estrada certa.

isso, evidentemente pode se dar nos mais variados aspectos, como trabalhos, doenças etc. , mas falo especificamente do amor. porque não concebo a vida sem amor, ao contrário do que muitas vezes deixo transparecer. não! a vida só é verdadeira e plena com o amor. o mais são tentativas apagadas, experiências frágeis, vidinhas dessas ralas, sem muita razão sem o V maiúsculo.

a frase mais perfeita que eu conheço foi dita por Tom, num momento de descontração, durante uma composição: " EU SOU APENAS UM POBRE AMADOR, APAIXONADO, UM APRENDIZ...."
muito tempo depois ele começou a brincar com a palavra AMADOR e seu duplo sentido que, por si só deixou de ter duplo sentido. hoje só entendo 'amador' como quem ama demais e não com quem não tem experiência em alguma coisa...rs

mas nada disso, dessas digressões me afasta do caminho certeiro que é um olhar fixo do presente na linha do horizonte, buscando um futuro, se não perfeito, pelo menos razoável, desses que a gente não deve torcer para acabar logo. pode dizer que isso é querer sofrer antecipadamente. é, pode ser. mas não olhar e não prever é o que? seguir a trilha que engana e não pensar nela, tratando apenas de caminhar porque nascemos para caminhar é o que?

minha visão nessa coisa toda é mais rasa e prefiro realmente caminhar menos e pensar mais. dou um passo de cada vez, muitas vezs (a maioria) não dou passo nenhum, sempre com à mão à testa, como o comandante de barba branca que espreita o horizonte tentando advinhas se daquela linha que une céu e terra está vindo uma tempestade ou um longo período de bonanza. talvez eu esteja perdendo tempo e no final, vá se arrastado por uma tsunami qualquer, dessas de quintal. pode ser...

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

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"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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