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11/03/2007

desligo a secretária eletrônica que estava ali como a que está em mim. não tenho mais a fita de recados, não tenho mais a possibilidade (compromisso de recados) porque tenho de ter a certeza de que não serei mais encontrável com um clic telefônico. o celular já estava guardado mesmo há muito tempo.

sou encontrado apenas durante o expediente bancário. sou o velho caixa do banco, aquele que inciou a vida como estafeta e chega ao final dela como um caixa, com o rosto coberto de marcas e vincos e bolsas sob os olhos e a certeza de que cumpriu dignamente seu papel na vida trabalhando com afinco, mas sem nenhum vôo expecpcional, o homem que escreveu três poesias à lápis e as depositou no fundo de uma caixa de sapatos e ali as manteve.


homem ainda que não constituiu família não por um ato deliberado de pseudo-modernista que faz parte dessa geração mais contemporânea que faz planejamento familiar. não contituiu família porque ele é simples, é sozinho e vive tranqüilo e diligente como um poeta verdadeiro pela simplicidade como mário quintana.


sou um mário quintana sem poesia. o resto foi tudo uma criação virtual que não se sustentou.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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