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07/03/2007

estar fora de casa é estar sem roupa. melhor: é estar sem pele. após meses, anos de análise quando se buscava uma patologia específica, eu vi claro, cristalino que não havia nada de errado, que eu simplesmente gosto mais de ficar em casa do que de estar na rua.
parece que as messoas em geral fazem exatamente o contrário: estão sempre nas ruas procurando algo, buscando coisas diferentes daquelas que encontrariam em ser....

talvez a isso se deva a evolução da humanidade. ainda bem que sou uma ínfima minoria porque não carrego a culpa de retardar a evolução humana. A. por exemplo, foi para o reino unido fazer o pós-doc... já E. foi passear em bombaim... agora A. me escreve dizendo que está em bariloche enquanto M. vai com o namorado para não sei aonde. eu fico olhando aparvalhado esse tráfego de gentes daqui pra lá e de lá pra cá.... fico cansado por eles....

acho que ninguém pode ter uma formação intectual mínima sem conhecer, pelo menos, alguns países da europa. PDV há dois anos quis me levar para paris (a cidade que eu mais quero conhecer), mas na hora H não fui. a tentativa de ida para a austrália foi outra novela que ficou nos anais dos batidores... e os meses em que rodei o pantanal e o brasil quase inteiro são para mim algo distante, quase uma história que li e não vivenciei.

tenho uma enorme preguiça de ir a qualquer lugar, um tempo em que estou deixando de me ter, não a mim como objeto de desejo ou curiosidade, mas a mim como opção de estar lendo, vendo tv ou escrevendo. ao contrário do que se pensa amiúde, não fico mal quando estou sozinho em casa. ao contrário, estou sempre muito desperto, envolvido em mais de uma atividade e jamais chego a um dia com a sensação de missão cumprida. estou sempre devendo atividades para mim mesmo.

para finalizar me vem a notícia, carinhosamente sussurrada por B. que a travessa abriu uma loja maior ainda, no leblon... ou seja, as livrarias, cada vez afastam-se mais do contato do livreiro com o leitor, abrindo super-mercados com atendentes destreinados, que só sabem informar com a ajuda de um terminal de computador e ainda por cima são o terror maior do agorafóbico...rs

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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