o fracasso absoluto das mulheres
o homem (ser) contemporâneo deixa a casa dos pais muito mais tarde do que antes, deixa agora quando está formado e inserido no mercado de trabalho. a mulher, em partuicular, para sustentar o passo dado nos anos 50 e 60 de uma certa liberalização (movimento que merece uma reflexão menos emocional) também tem sua existência engolida (mesmo autofagicamente) pela necessidade de se assumir.
a mulher não se assume, como querem fazer parecer, academicamente ou profissionalmente. essas são posições galgadas pela via natural do estudo e do trabalho. criaram, as mulheres, uma imagem (por elas mesmas absorvidas) de idenpendência ainda verbalizando a queima de sutiãs e o advento da pílula. uma balela histórica. na troca de informações com outras pessoas, percebo hoje um inconsciente coletivo paralelo ao descrito por jung. o inconsciente coletivo das mulheres traz em si, de forma avassaladora a autofagia gerada no engano histórico das suas prerrogativas.
a mulher, que no passado tinha o homem como o provedor da casa e ela mesma era a coordenadora desse mesmo lar-família, assumiu o seu papel na sociedade como de fato era necessário, mas não se livrou em momento algum da sua condição inferior, atávica, de ser concebida, nascer já como segundo sexo. a mulher de hoje, acadêmica e ocupante de todos os cargos de gerenciamento empresarial, não difere em nada da dona de casa de setenta anos atrás porque hoje, amparada na academia e no mercado de trabalho, mantem-se diferente, quase como uma segunda raça.
contemporaneamente, já sob esse incosnciente coletivo particular ao sexo, a mulher claudica (caindo muitas vezes!), não se realiza como pessoa, filosoficamente. não é a inveja do pênis aventada pelo dr. freud, mas uma condição anterior, uma fragilidade ancestral que inverte todos os papéis desse jogo-vida ao impor à mulher a consciência sempre alerta de que ela se emancipou, como se a emancipação fosse um ganho especial, produto de uma conquista eqüidistante do universo masculino. e isso, não admitem porque não sabem, é vivenciado todo o tempo.
com a suposta emancipação, a mulher criou para si própria a armadilha de ser inferior exatamente por necessitar, inconscientemente, colocar-se como uma 'igual'. esse fato em si, a desqualifica, devolve a mulher à condição de ser de segunda classe, submissa à posição ocupada, travestida de uma certa conquista que, se realmente se deu, fracassou pela própria incompreensão dessa mesma mulher.
a coisa piora muito mais quando analisamos de um ponto de vista mais ordinário, onde a mulher se perde da sua condição ao não engravidar, não casar e toda a sorte de arapucas que se auto-inflinge exatamente sob a falsa bandeira da independência que traz em seu bojo o pesado fardo da dependência e inferioridade de per-si, talvez não socialmente, mas de maneira diversa, cruel porque vive num mundo irreal, ali nascendo, produzindo e morrendo.
iludida com a suposta independência, a mulher cria uma sociedade toda especial, tirânica, não com o homem que não está na disputa porque ele é concebido já como tal, mas uma tirania global que está refletida hoje em todo o campo cultural e prático da vida cotidiana. é verdade que, em alguns casos, a mulher exerce sua tirania com os machos, mas é, antes, com ela, mulher, que essa tirania se exacerba tomando contornos universais e intransponíveis que, por inqüestionáveis, impedem um certo retrocesso 'para a frente', filosófico, movimento que a (re) conduziria ao estado puro, desconhecido gozo contemporãneo de ser mulher tal como é originariamente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário