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20/03/2007

é uma situação muito, das mais complicadas que já rolaram. parece que tudo o que estou pensando e escrevendo está se apagando, como uma fotografia antiga, dessas que vão se tornando mais esmaecidas à cada dia, mês, sei lá.
sinto-me constrangido em rascunhar por um paradoxo: se sou lido e incompreendido é ruim, se não sou lido, pior ainda. mas é claro que é preto e branco, sim e não. deus e diabo. como já disse antes, aliás.

diante disso tenho o telefone ao meu alcance e não ligo. tenho o e.mail e não disparo, tenho o sinal de fumaça (que me parece o mais provável) penso em beauvoir e sartre. eles conseguiram. ela era infeliz? imagino que sim. sartre era, com toda a certeza. dou uma olhada naquele livro que falo sempre. tenho vontade de tirar dali as frases que sublinhei há anos. queria que as pessoas soubessem que aquilo me chamou a atenção. porque já que, definitivamente, o que eu falo não é claro, tenho vntade de mostrar o que me chamou a atenção

imagino que as pessoas lendo aquilo que me chamou a atenção em algum momento consigam perceber o que acontece por agora. hoje de manhã li tudo o que estava escrito aqui e em outros lugares. desde o início. algumas coisas eu tive que reler. assim. ir e vir. por isso eu comecei a concluir que as coisas são preto ou brancas, deus ou o diabo.
eu participava de um grupo de história do teatro. nosso orientando falava muito das personas e fez uma certa confusão ao misturar jung com sêneca. eu disse isso a ele e fui alijado do grupo, claro.

mas como sempre me meto em confusão, comecei a participar do grupo de uma outra maneira, tínhamos encontros mais ou menos clandestinos (no conceito amplo do sub-rosa*) para discutir a história da persona e foi daí que eu tirei a conclusão de que não importa muito como estamos vestidos, qual a máscara que estamos usando. eu dizia naquela época que era preciso entender bem essa história. nós somos o um e cada um trazemos em nós a máscara da tragédia e a da comédia.

a maioria das pessoas elegem uma das máscaras e passam a vida com elas. outras, trocam a máscara muito eventualmente. outras, mudam de máscara várias vezes ao dia, de acordo com uma série de conveniências. outras ainda, jamais colocam qualquer uma das máscaras.
naquela época eu perguntei ao grupo qual era a diferença entre aquelas pessoas imaginadas e todo mundo deu lá o seu palpite. só não concordaram quando eu disse que não havia nenhuma diferença entre nenhuma das pessoas e as suas escolhas pessoais sobre o uso ou não das tais máscaras. eu repeti: no fim, tudo são máscaras. importa é saber quem está por trás delas. já naquela época não me entenderam.
não é novidade agora.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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