a visita da psiquitra pode ser uma verdade, como uma fantasia. indiferente. não altera nada na história geral.. a história é contada sempre pelos vencedores, como se sabe. se não sou um vencedor, não conto a história. se sou, conto. mas a história é apenas a história e para ela, relego aos historiadores, inocentes úteis da sociedade... porque a verdaeira história, ao contrário do que se imagina, não tem cátedra, ela é oral.
o historiador dança justamente na hora de apreender o que é oral e o que não é, está documentado ou não está. dança sempre feio, sem exceção. como esses que estão trabalhando nos terreiros de candomblé do rio: são tolos na saída porque pressupõe que a história contada hoje será a História, esquecendo que a história é contada em cada manifestação do terreiro isoladamente a seu tempo, que ela é única à cada sessão, não tem, nem tem como ter, registro. o que obterão, será a lembrança da velha mãe-de-santo falando de coisas que, se ela realmente é médium, não saberá do que está falando. vão escrever teses de doutotorado e vender livrinhos.
prefiro então o poeta drogado que expõe sua poesia mimeografada, pendurada em barbantes nas praças da moda. não que aquelas ou esses sejam mais importantes, ninguém é, mas esses são mais autênticos porque não estão baseados em nada, não têm cátedra nem no sucesso da hora.
prefiro ainda gilberto freyre mocinho que anotava em seus cadernos o que ia percebendo na sociedade que o circundava e quando escreveu, não teve a pretensão de nada, a não ser de contar o que viu. por isso, casa grade & senzala, sobrados & mucambos e todos os outros são obras primas, porque não ousaram ser.
a historiadora da hora vai achar que estou falando exclusivamente para ela, o que é um absoluto engano, sou docemente genérico. a minha cobrança da historiadora da hora é outra, mais grave, não cumprida por formação ideológica. e assim, vou, qual bem-te-vi, visitando essa e aquela flor, tentando compreender e transmutar o néctar de lá para cá (no que sou um absoluto e retumbante fracassso).
os comprimidos de tranquilizantes, em conjunto com o teor alcoólico no cérebro, produzem uma falsa sensação de bem estar, mas são, antes, alternativas de dopping para mentes em efervecência. no fundo, nada mesmo está resolvendo. nada altera o desconforto existencial que ora é aplacado por aquele, ora por esse medicamento. tanto o álcool quanto o diazepan aplacam de maneira conveniente um estado que é maior, mais arraigado, que é subjugado, mas jamais apagado do self, que é o sentimento genuíno de auto-destruição.
tive uma prima que tentou o suicídio 19 vezes. um dia, conseguiu. e eu exultei por ela.
o historiador dança justamente na hora de apreender o que é oral e o que não é, está documentado ou não está. dança sempre feio, sem exceção. como esses que estão trabalhando nos terreiros de candomblé do rio: são tolos na saída porque pressupõe que a história contada hoje será a História, esquecendo que a história é contada em cada manifestação do terreiro isoladamente a seu tempo, que ela é única à cada sessão, não tem, nem tem como ter, registro. o que obterão, será a lembrança da velha mãe-de-santo falando de coisas que, se ela realmente é médium, não saberá do que está falando. vão escrever teses de doutotorado e vender livrinhos.
prefiro então o poeta drogado que expõe sua poesia mimeografada, pendurada em barbantes nas praças da moda. não que aquelas ou esses sejam mais importantes, ninguém é, mas esses são mais autênticos porque não estão baseados em nada, não têm cátedra nem no sucesso da hora.
prefiro ainda gilberto freyre mocinho que anotava em seus cadernos o que ia percebendo na sociedade que o circundava e quando escreveu, não teve a pretensão de nada, a não ser de contar o que viu. por isso, casa grade & senzala, sobrados & mucambos e todos os outros são obras primas, porque não ousaram ser.
a historiadora da hora vai achar que estou falando exclusivamente para ela, o que é um absoluto engano, sou docemente genérico. a minha cobrança da historiadora da hora é outra, mais grave, não cumprida por formação ideológica. e assim, vou, qual bem-te-vi, visitando essa e aquela flor, tentando compreender e transmutar o néctar de lá para cá (no que sou um absoluto e retumbante fracassso).
os comprimidos de tranquilizantes, em conjunto com o teor alcoólico no cérebro, produzem uma falsa sensação de bem estar, mas são, antes, alternativas de dopping para mentes em efervecência. no fundo, nada mesmo está resolvendo. nada altera o desconforto existencial que ora é aplacado por aquele, ora por esse medicamento. tanto o álcool quanto o diazepan aplacam de maneira conveniente um estado que é maior, mais arraigado, que é subjugado, mas jamais apagado do self, que é o sentimento genuíno de auto-destruição.
tive uma prima que tentou o suicídio 19 vezes. um dia, conseguiu. e eu exultei por ela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário