vou no armazem do aderecista ver como estão encaminhados os projetos que solicitei. me parece bom. mediano. normal.
credito uma certa má vontade minha a um estado muito específico muito meu (que não devo deixar contaminar o trabalho). pensamento tolinho, como se isso fosse possível. quando estou num estúdio gravando ou em frente a um PC lendo um roteiro não consigo simplesmente deixar de ser eu próprio para assumir uma postura profissional.
não sou profissional, sou da vida. sou um só em todos os momentos e todo mundo sabe que as coisas estão ou não estão bem... posso até não explicitar, mas minha cara transparece exatamente o que vai em mim. tinha que fazer um monte de coisas, mas não quero fazer nada. peço à produtora que cancele a gravação porque vou me esconder atrás de uma garrafa de vodka no bar mais rasteiro que aparecer.
verdade, estou mesmo em crise e numa daquelas! não posso me socorrer da terapeuta porque não tenho seguido nenhuma das suas recomendações medicamentosas. e nem quero. como pessoa na tabacaria, não sou nada, não quero nada. talvez eu precisasse falar, mas a voz tá travada na minha garganta como fui muito justamente acusado de estar atado a um poste-eu do qual não quero sair. eu diria que não consigo, mas não vale: tem que ser o 'não quero'.
a responsabilidade por ser o único a traçar o meu destino é grande demais e procuro me entorpecer de qualquer coisa, nessa fuga bem comezinha, dessas pessoas fracassadas que a gente vê jogadas nas sarjetas. hoje eu estou sem forças. extenuado, no chão. não penso mesmo em tentar me levantar com essa cabeça que dói e roda somada a essa angústia que dilacera.
agora, se tudo isso é causado exclusivamente por mim mesmo, então a coisa fica ainda pior, fico mais culpado, mais jogado. não estava assim há muito, mas há muito tempo mesmo (anos e anos)... minhas quedas constantes têm sido muito mais para as margens, para os lados do que para o fundo (do poço). bem me disse que eu não me livraria dos meus demônios (como dostoiévski), mas não precisava ser tanto.
credito uma certa má vontade minha a um estado muito específico muito meu (que não devo deixar contaminar o trabalho). pensamento tolinho, como se isso fosse possível. quando estou num estúdio gravando ou em frente a um PC lendo um roteiro não consigo simplesmente deixar de ser eu próprio para assumir uma postura profissional.
não sou profissional, sou da vida. sou um só em todos os momentos e todo mundo sabe que as coisas estão ou não estão bem... posso até não explicitar, mas minha cara transparece exatamente o que vai em mim. tinha que fazer um monte de coisas, mas não quero fazer nada. peço à produtora que cancele a gravação porque vou me esconder atrás de uma garrafa de vodka no bar mais rasteiro que aparecer.
verdade, estou mesmo em crise e numa daquelas! não posso me socorrer da terapeuta porque não tenho seguido nenhuma das suas recomendações medicamentosas. e nem quero. como pessoa na tabacaria, não sou nada, não quero nada. talvez eu precisasse falar, mas a voz tá travada na minha garganta como fui muito justamente acusado de estar atado a um poste-eu do qual não quero sair. eu diria que não consigo, mas não vale: tem que ser o 'não quero'.
a responsabilidade por ser o único a traçar o meu destino é grande demais e procuro me entorpecer de qualquer coisa, nessa fuga bem comezinha, dessas pessoas fracassadas que a gente vê jogadas nas sarjetas. hoje eu estou sem forças. extenuado, no chão. não penso mesmo em tentar me levantar com essa cabeça que dói e roda somada a essa angústia que dilacera.
agora, se tudo isso é causado exclusivamente por mim mesmo, então a coisa fica ainda pior, fico mais culpado, mais jogado. não estava assim há muito, mas há muito tempo mesmo (anos e anos)... minhas quedas constantes têm sido muito mais para as margens, para os lados do que para o fundo (do poço). bem me disse que eu não me livraria dos meus demônios (como dostoiévski), mas não precisava ser tanto.
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