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05/04/2007

Depoimento necessário e final


como eu realmente escrevo tudo aqui porque vivo aqui e toda a história se pode contar - atenção! - de várias maneiras, não vou deixar agora de contar um certo sentimento não muito claro, mas que incomoda um pouco - ainda que, tenho certeza, momentaneamente - e que ficará na lembrança por não sei mais quanto tempo.
o que se deu foi o seguinte: como tenho falado, talvez não claramente, é que tive um problema importante com um dos meus filhos que me abalou muito, me deixou muito triste. tomadas TODAS as medidas imediatas cabíveis, eu procurei aconselhamento especializado e fui informado que nenhum movimento meu mais específico poderá alterar as coisas, que as coisas deverão ser guardadas como o trauma que realmente são, mas difícil de alterar um certo rumo natural com atitudes não naturais (como se determinadas ações alterassem DE VERDADE, outras). enfim...

o que tenho procurado nesses dias é estar o mais próximo do meu filho, dando o apoio possível e - importante! - verdadeiro. verdadeiro porque, por uma série inumerável de motivos, temos andado afastados presencialmente. Esse afastamento físico, é, sobretudo, causado porque moramos em cidades diferentes e imprimimos, eu e ele, ritmos próprios à nossas vidas. mas estamos em contato constante, falando no mínimo uma vez por telefone diariamente e mais não sei quanto todas as noites pelo MSN. Ideal? longe disso. ideal era morarmos juntos. de preferência termos mantido o núcleo familiar, eu ele e e a mãe dele que, mesmo em situação adversa, afastou-se de mim de forma extremamente digna e assim se mantém até hoje. o comportamento da mãe dele em relação a mim e à vida de maneira geral, reforça minha admiração pelas mulheres de verdade.

há poucos meses estive na casa deles, na cidade serrana e foi tudo de bom. estivemos juntos os três em situações diversas, passeamos, conversamos, fomos à piscina, comemos fora e, como um amor não totalmente apagado, antes de tudo pela chama do carinho ainda acesa, eu e a mãe dele nos amamos profundamente à noite. uma coisa que acontece entre pessoas adultas que sabem que estão em momentos diferentes e que o tesão eventual, não influenciará o caminho escolhido por ambos, civilizadamente de comum acordo. e que não é exatamente esse ato o primordial numa relação de afeto (e, é duro, mas só trepo com quem me dá tesão!) - aliás, a mãe do meu filho tem um lugar todo especial na minha vida, lugar que se mantém já há 19 anos e que merece um capítulo à parte (que escreverei no tempo certo) porque eu tive a sorte de amar e ser amado plenamente e mais de uma vez - acredito que, de alguma maneira torta e aparentemente despedaçada, mantemos um elo de afeto. nós três. mas, quem consegue estabelecer laços e se perpetuar está sujeito à vida. e a vida, meu caro, tem lá suas intempéries. não se arrisca, quem não teve competência para ser pleno. não vem ao caso. aos perdedores, as batatas.

minha história é outra... minha história são as constantes surpresas que o homem é capaz de produzir. com uma vida longa e plenamente vivida, sempre tenho o pensamento barato de que nada ou quase nada me surpreenderá. Tolice: de onde menos espero vem a ação, a atitude, a fala que, ainda que realmente não me ofenda, me surpreende! Então, só pra entender a história, é preciso deixar claro que não é o agente da baixaria que me deixa mal. De jeito nenhum! O que me deixa mal é descobrir que ainda me surpreendo com - graças a deus raras - pessoas da raça humana.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

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"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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