eu acho assim.... tem momentos muito complicados. momentos em que a gente precisa encontrar uma serenidade interna muito grande, muito maior do que aquilo que se tem. isso tem que vir exclusivamente da gente porque, no fundo, nós somos os atores de uma teatro, de uma farsa que é constantemente reescrita, como que a criar emoções e expectativas à cada ato. e prender a atenção da platéia exige um esforço muitas vezes sobre humano.
isso é uma parte da coisa, é a necessidade de entender que temos que encontrar em nós mesmos uma certa tranquilidade para caminhar. Por outro lado, revela a insustentabilidade do caminho solitário. ontem foi um dia muito especial para mim. junto a uma situação extrema, crítica, pude contar com pessoas ao meu lado. muito poucas, mas suficiente.
porque são coisas que parecem se misturar, mas são opostas: minha fragilidade humana faz com que eu tropece e, para não cair, necessite de amparo. imagino que isso aconteça com todo mundo. minha opção por um caminho solitário é uma coisa. essa opção faz com que as pessoas se afastem, me confrontem, e descontentes por não terem seus anseios (natutais) imediatos atendidos, se afastem. não por sociabilidade minha, distante agora de situações estressantes que certamente me fazem, por descontrole, dizer coisas duras, coisas já fora do meu script, entendo que é hora de rever tudo. então, longe de ser criatura afável, nesse momento de definição de rumos com as rupturas e naturais afastamentos causados por inacessibilidade da minha parte, cabe ainda uma última reflexão no sentido de entender e respeitar o movimento de cada um.
não é, como se deve saber, uma espécie de capitulação comportamental. não vou alterar uma linha, não vou me afastar em nem meio milímetro do caminho que venho trilhando. muito pelo contrário: por tudo, é um momento de introspecção maior ainda. um momento de mergulhar, o que é muito diferente de afundar. mantenho a firme disposição de insistir, de, no tempo que é viável para mim, seguir, caminhar para a frente. e ainda confiante em que, na hora certa, exista a chance de encontrar a pessoa possível. talvez aconteça, talvez não. nem é o importante agora. acredito que, por hora, sozinho, me resta insistir e reinventar e reescrever minha ficção (barata).

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