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25/07/2007

Bolhas, limbos e movimentos assincrônicos nossos, dos outros e da vida

Pode ser natural uma eventual confusão sobre o que se deseja dizer e o que realmente é dito. O que eu não tenho paciência é para a confusão constante: você estar escrevendo uma coisa e as pessoas estarem lendo outra. Assim não dá. Essa inconstância das pessoas me incomoda. Aliás, repito, pessoas me incomodam. Mas não é isso. Trato de coisa diversa. Trato de uma incosntância nas pessoas sobre seus sentimentos. Não conheço ninguém mais inconstante do que eu. Não mesmo! Nem de longe. Aliás é verdade também que me considero diferenciado em um monte de coisas, o que não quer dizer que seja uma vantagem (talvez o contrário). Também não importa. O que vale no fim das contas é o que se fez, o que se faz. Sempre penso nisso: o que estou realmente fazendo? Por quê? Estou fazendo de fato o que eu quero ou o que eu sinto? Em muitas vezes não, em muitas vezes não estou fazendo o que eu sinto, vou para situações diversas, permito-me ser arrastado por coisas da vida, situações que estão fora de mim, do meu alcance e me perseguem e alcançam. E aí eu volto: Será que me permiti ser alcançado? Será que errei (meus erros não me interessam muito) na medida em que não errei deliberadamente, em que fui sugado por todos os acontecimentos, sensações e frustações que se impuseram à mim e não tive clareza (ou força) suficientes para entender que era uma rasteira e sair fora? Eu penso de vez em quando em até onde devemos ir, mas percebo que não existe uma margem exata porque as coisas não são exatas, os planos se frustram e andamos para a frente e para trás. Claro que tem quem não faça isso (e nem sequer admita essas coisas), mas ainda não cheguei nesse ponto. Estou num ponto eqüidistante de todos, numa bolha exclusivamente minha, que não é um lugar absolutamente privilegiado. Pode ser o limbo. Muitas vezes, o mármore do inferno.

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Nada encontrado. Seria ousadia demais definir o indefinível, dizer quem sou ou se sou. Deve ser uma miscelânia de idéias entrecortadas, salpicadas de perguntas sem respostas e indecisões doloridas. O que mais poderia ser?

Em suma...

"Em suma, namorei o diabo sem ter coragem para ir até o fim"
Sartre

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